26 abril, 2009

Duas fotos do Maringá

Um amigo meu dono de um boteco coleciona fotos de figuras famosas de Campinas. Aquelas figuras que se tornam conhecidas na cultura popular pelo comportamento singular, muitas vezes encarnando algum personagem da ficção ou sendo eles frutos de sua própria criação.
Em Campinas existem alguns nomes famosos como a Gilda Louca que encarnou o personagem vivido por Marlene Dietrich, o famoso Mané Fala Ó, que cumprimentava todo mundo andando com sua bicicleta, Dito Colarinho e Firma Nêga. Estes todos já se foram, mas atualmente aos 82 anos um personagem muito conhecido é o Maringá, homem muito simples que tem como companheira sua bicicleta sempre lotada de ferramentas para o exercício de sua profissão: consertar portas de aço.
Alma pura e coração repleto de bondade, é tudo o que encontrei nessa pessoa fantástica enquanto fazia algumas fotos.
Detalhe:
Eu pensava que o apelido tivesse alguma relação com a cidade de Maringá no estado do Paraná, mas não, ele é paulista.

A grande duvida, a foto fica melhor em p&b ou cor?

Grande abraço.

13 abril, 2009

Retrato feito na rua...

A luz natural sempre é mais envolvente e modela melhor, especialmente em retratos. Normalmente as propagandas que vemos na TV deixam tudo por conta da câmera. Ou seja, as câmeras são milagrosas, analisam a luz, o contraste, as cores e tudo mais, para que apenas apertemos o botão disparador. A verdade é que isso não existe. O primeiro inconveniente das câmeras compactas é que no modo automático muitas vezes o flash é disparado sem necessidade. A luz do flash é dura (aliás uma das primeiras coisas que aprendemos em fotografia), não distingue primeiro e segundo plano, deixando tudo em evidência. Fotografar não é uma tarefa fácil, é necessário dedicação e muito estudo. Cada foto que fazemos, encontramos uma nova situação de luz e precisamos saber como lidar com todos os elementos desfavoráveis, tais como: falta de espaço, interferências de luzes, pouca luz, etc. É uma mistura de técnica e sensibilidade. Olhar. Muitos acham que tudo isso é puro blá, blá, blá! Mas não é! Tanto que vemos por aí dezenas de pseudo-fotógrafos entregando CD's com 100, 200 fotos por alguns trocados, sem nenhum tratamento. Foto tem que ter qualidade e estar de acordo com as necessidades do cliente. É imprescindível um tratamento posterior através de softwares de edição de imagens, em particular o PhotoShop. Muito importante também é saber que o PhotoShop não faz milagres, como pensam alguns, a foto tem que estar bem tirada, o PhotoShop é apenas uma parte do trabalho, é o que chamamos hoje de laboratório a seco.


Estas duas fotos do Zuzinha (como é conhecido), foram feitas entre 17h e 17h30min, em um bar no cruzamento das ruas dr. Quirino e Proença, aqui em Campinas, sem nenhum preparativo, muito pelo contrário, estava passando por lá e apenas parei com a minha câmera.
Independente da simpatia do Zuzinha que permitiu ser fotografado, sua espontaneidade juntamente com o uso correto da luz natural, deram um "ar" singelo à foto, captando muita ternura.
Os tons em p&b foram conseguidos através de tratamento digital, misturando-se os canais de cores.


Abraços!